segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

8 Módulo 3 - Atividade 3


Leia o seguinte artigo:
Seixas, S. (2005). Violência escolar: Metodologias de identificação dos alunos agressores e/ou vítimas. Análise Psicológica, 2 (XXIII), 97-110.
 Como verifica, após a leitura deste artigo, torna-se efetivamente difícil identificar uma única metodologia eficaz para a identificação de alunos diretamente envolvidos em comportamentos de bullying.
Se tivesse de construir um instrumento para avaliar os níveis de incidência de comportamentos de bullying numa escola (ou na sua), como o faria? O que incluiria? Que procedimento(s) selecionava? Que fontes informativas escolheria?

8 comentários:

  1. Após a leitura do artigo Seixas, S. (2005). Violência escolar: Metodologias de identificação dos alunos agressores e/ou vítimas. Análise Psicológica, 2 (XXIII), 97-110.
    Apercebi-me que para podermos obter resultados mais fidedignos dever-se-á recorrer a instrumentos de recolha de informação que não deixem transparecer aos alunos a intenção do mesmo, para que estes sejam autênticos nas suas respostas. Nomeadamente ocorreu-me a ideia de propor aos alunos um trabalho interdisciplinar intitulado Imagina que terias a oportunidade de realizar uma viagem de intercâmbio escolar a outro país…
    1ª etapa – (poderia ser desenvolvida pelo DT) esclarecer os alunos do tipo de trabalho a ser desenvolvido.
    2ª etapa – trabalhar os locais, usos e costumes dos diferentes destinos a serem ponderados- (poderia ser desenvolvida na aula de Geografia)
    3ª etapa –reforço de vocabulário essencial numa viagem de exploração de um novo país- (poderia ser desenvolvida na aula de Línguas Estrangeira(s))
    4ª etapa – pesquisa sobre o tipo de alimentação e os pratos típicos de diferentes países (poderia ser desenvolvida na aula de Ciências da Natureza/Biologia)
    5ª etapa – Contacto com melodias alusivas a diferentes países (poderia ser desenvolvida na aula de Educação Musical)
    6ª etapa – Contacto com diferentes obras de artistas de diferentes nacionalidades (poderia ser desenvolvida na aula de Educação Visual/Tecnológica)
    7ª etapa- elaboração do questionário de forma bastante orientada, com o intuito de chegar, de entre outras, a questões como estas:
     Qual o destino que escolherias? (fornecendo opções de resposta múltipla)
     Que pretenderias conhecer/visitar? (fornecendo opções de resposta múltipla)
     Que pratos típicos gostarias de conhecer? (fornecendo opções de resposta múltipla)
     Como pretenderias que fosse o tipo de alojamento? (fornecendo opções de resposta múltipla)
     Na possibilidade de poderes escolher um/dois colegas da tua turma para te acompanharem
    -quais os colegas de que mais gostas e porquê?
    -quais os colegas de que menos gostas e porquê?
    -quais os colegas mais meigos?
    -quais os colegas menos dados à afetividade?
    -quais os colegas mais agressivos para com os seus pares?
    -quais os colegas que perdem facilmente o autocontrolo
    -ocasionalmente?
    -algumas vezes?
    -frequentemente?
    -sempre?
    - quais os colegas que são vítimas de agressão pelos seus pares?
    -de que tipo de agressão são vítimas?
    -quais os colegas que não sabem impor a sua vontade?
    -quais os colegas que aceitam todas as indicações dos colegas sem reclamar?
    -quais os colegas que transmitem ser felizes?
    -quais os colegas que transmitem ser infelizes?
    -quais os colegas que cedem facilmente os seus bens (monetários/ objetos/alimentares…)?
    - com outras variantes…

    (poderia ser desenvolvida na aula de Português)
    8ª etapa – responder ao questionário, em regime de anonimato. (poderia ser desenvolvida noutra aula, escolhida de acordo com o currículo de cada ciclo de ensino)
    9ª etapa – recolha da informação a nível estatístico- (poderia ser desenvolvida na aula de Matemática)
    10ª etapa – debate sobre a informação recolhida e trabalho de reflexão sobre os resultados obtidos - (poderia ser desenvolvida na aula de Formação Cívica/ Apoio ao Aluno)

    Com toda esta envolvência, penso que um número significativo, senão mesmo total, dos alunos não iria aperceber-se da verdadeira intenção do questionário e seriam mais autênticos.

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  2. Após a leitura do texto pude perceber que a melhor metodologia é a avaliação entre pares, já que a maioria das vítimas não procura nem a família e raramente os professores, porém os colegas são frequentemente procurados. Proponho portanto uma atividade a ser realizada em ambiente externo (o que já torna favorável a expressão de suas atitudes)em grupo. Cada grupo será responsável por votar em colegas para ganhar prêmios. E mostraremos as diversas categorias: o mais simpoático, o mais chorão, o mais afetuoso, o mais encrenqueiro, o mais falante, o mais tímido, o mais amado e por ai vai... e vamos observar quais os alunos que serão mais voitados nas diversas categorias. Todos os alunos votarão em anonimato (para facilitar a identificação. No final faremos a apuração e uma reflexão sobre a quantidade de votos e cada aluno votado terá um tempo para falar se justificar ou agradecer pelo voto. Acredito que dessa forma o aluno agressor que não tem conciência do que faz possa refletir e mudar seu comportamento.

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  3. Parabéns às duas colegas pela criatividade.
    A ideia do intercâmbio escolar como mote para avaliar outras dimensões foi muito interessante.
    A ideia da votação, havendo uma lista de características também.
    São propostas que, nomeadamente, podem ser integradas e cruzadas com dados obtidos através de outros instrumentos.
    Obrigada pelos vossos contributos.

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  4. Lendo o artigo e não entrando na pormenorização de questões, creio que a situação já mencionada num comentário anterior, de possibilitar o intercâmbio estudantil entre escolas de diversos meios (económicos, sociais,geográficos) poderia ser benéfico para a resolução desta questão. Por certo que um aluno agressivo oriundo de um meio rural lhe for proposta a situação de conhecer um meio urbano e os alunos oriundos dessa proveniência teria tendência para verificar como o bullying é mais gravoso nesses meios. O oposto também seria possível de se verificar, creio que um aluno de uma escola TEIP p.e. poderia beneficiar se fosse temporariamente colocado numa escola da área rural. Teria um novo contexto para se adaptar e talvez modificasse a sua atitude que já não estaria tão agregada à origem dos seus problemas (familiares ou geográficos).

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  5. Um método já existente nas escolas para relatar ocorrências disciplinares (registos de participação) poderia servir como base de trabalho para elaborar um elemento específico de observação e registo apenas para o bullying. Com base nesse documento, os funcionários docentes, não docentes e os próprios alunos poderiam elaborar participações ou registos de ocorrência sempre que tivessem conhecimento rela de uma situação (mesmo que não fossem vítimas ou agressores). No caso dos alunos que fariam este relato, teria que lhes ser conferido anonimato. Se fosse prática corrente em todas as escolas, e se os processos disciplinares daí decorrentes fossem rápidos, eficazes e efetivamente funcionais poderia ser um primeiro passo para diminuir este fenómeno tão nocivo.

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  6. Considerando que o bullying é um processo de grupo que inclui o agressor, a vítima, ou vítimas e as testemunhas, proponho atividades direcionadas aos pais e encarregados de educação, que podem evitar que os seus filhos sejam vítima de cyberbulling e aos pares, que assumem particular importância durante esta fase do desenvolvimento.

    Atividades a dinamizar com os pais e encarregados de educação
    I Barómetro de opiniões
    Os pais ficam de pé, e o formador coloca questões sobre bullying e cyberbullying.
    Por exemplo:
    "O(a) seu (sua) filho(a) já foi alguma vez vítima de (ciber-) bullying?"
    Aqueles cujo(a) filho(a) já foi vítima devem ir para o canto direito da sala e os outros devem ir para o canto esquerdo. Deste modo os formadores podem entrar facilmente em conversação com os pais "quebrando o gelo" e criando bom ambiente para a posterior formação sobre o bullying.

    II Visionamento de um filme sobre a temática, seguido de questionário e debate ideológico.
    O formador após o visionamento do filme colocará uma série de questões, como por exemplo:
    O que sucedeu nesta história?
    Quais as modalidades de cyberbullying utilizadas?
    O que aconteceu à vítima?
    O que aconteceu aos seus agressores?
    Como é que a vítima se sentiu?
    Como terá isto afetada a vítima, quer a curto, quer a longo prazo?
    Caso o cyberbullying não tivesse sido denunciado como teria sido a vítima afetada a curto e a longo prazo?
    Como se terão sentido os agressores assim que se soube do cyberbullying?
    Se a vítima fosse seu (sua) filho(a), teria procedido de maneira diferente?
    As respostas às questões servirão de ponto de partida para o debate ideológico.

    Atividades a dinamizar com os adolescentes
    I Busca da identidade
    Aprender a conhecer-se a si próprio e compreender o que os outros veem, isto é, ter uma imagem clara de si próprio é muito importante. Sentados num círculo, o formador leva os adolescentes a refletir sobre:
    Quem sou eu?
    Como é que eu me vejo e que dizem ou outros sobre mim?
    Que tipo de pessoa quero ser?
    Após a reflexão individual, as respostas serão partilhadas com o grupo e as diferentes interpretações pessoais são discutidas sob a orientação do formador.

    II O grupo de pares:
    Esta atividade poderá ser dinamizada imediatamente a seguir à anterior, pois procura saber o que os adolescentes pensam acerca de:
    Ser popular;
    Ter amigos;
    Sentir-se excluído;
    Ser diferente, parecer diferente e senti-lo...
    Após a reflexão individual, as respostas serão partilhadas com o grupo e as diferentes interpretações pessoais são discutidas sob a orientação do formador.

    A dinamização das atividades supramencionadas pretende, não só levar pais, encarregados de educação e adolescentes a tomar conhecimento da existência de comportamentos de bullying e de cyberbulling, bem como a ter consciência da responsabilidade que cada um de nós possui em agir, no âmbito da prevenção dos referidos comportamentos. A presença do formador permitirá avaliar os níveis de incidência desses comportamentos, quer no seio do grupo de discentes, quer no dos pais que frequentam as sessões de sensibilização, os debates e a formação.
    As atividades apresentadas têm por base uma formação realizada sobre a temática do Cyberbullying para pais, na Faculdade de Psicologia, da Universidade de Coimbra, em julho de 2012.

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  7. Vou particularizar o caso a uma turma de 5ºano, que poderia ser a minha direção de turma,e poderia decorrer nas aulas de "Formação Cívica". Escolheria um estudo de caso, que pudesse parecer bem real, de forma a levar os alunos a envolverem-se na situação e a refletirem sobre ela. O caso retrataria a vida atual de um rapaz que de há dois ou três anos para cá se tornou num aluno agressivo e revoltado com a vida, devido à situação sóciofamiliar se ter degradado, pela falta de emprego dos pais. Nessa história haveria um aluno vitima de bullying por parte deste agressor que todos os dias o ameaçava e lhe extorquia dinheiro ou outros bens materiais.Este aluno vitíma com receio do agressor nunca contou o que se estava a passar.
    Pediria à turma que lesse atentamente a notícia em voz baixa.
    De seguida,e em pequenos grupos iriam refletir sobre o caso e responder a um pequeno questionário.
    As questões poderiam ser do género:
    - Quais as atitudes tidas pelo aluno agressor?
    - A vitima deveria contar o que estava a acontecer ou não? Se sim, a quem?
    - Quais as razões que levariam ao agressor a ter tais comportamentos?
    - Como se poderá ajudar o aluno vitima desta situação?
    - O que se poderia fazer para alterar as atitudes do aluno agressor?
    - Entre outras questões.
    Um porta-voz do grupo, apresentará ao grupo turma as suas respostas.
    Haveria posteriormante lugar para um largo debate sobre o caso.
    O professor faria depois uma extensão da atividade colocando novas questões à turma, tais como:
    - Conhecem algum caso semelhante a este?
    - Acham que as situações por mais dificeis que sejam se resolvem recorrendo à violência?
    - Qual a importância da familia, da escola e dos amigos nestas situações?
    - Sabem o significado da palavra Bullying? Já ouviram falar dela? O que vos ocorre dizer sobre o assunto?
    - Entre outras questões.
    Numa outra atividade, a turma dividida de novo por pequenos grupos de trabalho faria uma campanha sobre o combate à violência nas escolas. Este trabalho seria apresentado num dia especial, por exemplo no Dia Europeu da Vitima do Crime (22 de fevereiro), Dia do Estudante (24 de março)ou Dia Mundial da Criança (1 de junho).

    É evidente que esta tarefa teria de ser bem organizada, neste momento de final de período, nós não temos muito tempo para nos debruçarmos sobre o que quer que seja. Fica apenas uma sugestão.

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MOOC - Bullying em contexto escolar | Powered by Blogger Templates | Editado pelo CCTIC da ESE de Santarém